Como especialista em psiquiatria da infância e adolescência, vejo que as escolas desempenham um papel essencial na promoção da saúde mental dos jovens e, para que isso aconteça, é necessário adotar uma nova abordagem dentro do ambiente escolar.
Vejo como crucial a implementação de programas de educação socioemocional no currículo escolar a fim de que os alunos desenvolvam habilidades para lidar com emoções, conflitos e desafios, ensinando ferramentas para alcançar o equilíbrio emocional desde cedo.
Além disso, a capacitação contínua dos educadores também é fundamental para que eles possam conseguir identificar sinais de sofrimento em seus alunos e oferecer suporte, o que pode prevenir transtornos mentais graves e, consequentemente, evitar a medicalização excessiva.
A criação de espaços seguros dentro da escola, como salas de escuta e caixas de sugestões anônimas, também podem ser eficazes, pois encorajam os alunos a expressarem seus sentimentos e preocupações de forma segura e confidencial, fortalecendo a cultura de acolhimento.
Por fim, é importante que as escolas se engajem em parcerias com profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, para fornecer suporte especializado quando necessário. Esses profissionais podem oferecer atendimentos individuais, orientações para as famílias e capacitações adicionais para os educadores, criando uma rede de cuidado robusta que beneficia a todos.
Ao adotar essas práticas, as escolas se tornam não apenas locais de aprendizado curricular, mas também ambientes que promovem a saúde integral de crianças e adolescentes.