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Precisamos falar sobre o aumento de suicídio entre jovens no Brasil

De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, na última década, o país registrou um aumento de 81% na taxa de suicídios entre jovens. Esse dado nos chama a refletir sobre as possíveis causas e a necessidade de intervenções eficazes para reverter esse número preocupante.

Antes não se falava na mídia sobre esse assunto. Hoje, entende-se que o silêncio em torno do tema do suicídio contribui para o estigma e impede que jovens em sofrimento busquem ajuda. A abertura para o diálogo é crucial para identificar sinais precoces e poder oferecer o suporte necessário. Estudos mostram que 50% dos transtornos mentais começam até os 14 anos e 75% até os 24 anos, o que destaca a importância de intervenções preventivas e de tratamento adequadas durante a infância e a adolescência.

A escola tem um papel fundamental na promoção da saúde mental dos jovens. Programas de educação socioemocional e capacitação dos professores para lidar com questões de saúde mental podem fazer uma grande diferença na vida de todos. Já a colaboração entre a comunidade escolar, as famílias e os profissionais de saúde é essencial para criar uma rede de apoio robusta.

Pais e responsáveis precisam estar atentos a mudanças de comportamento dos jovens e criar um ambiente seguro e acolhedor para que eles se sintam à vontade para compartilhar seus sentimentos e se expressar. Ter um vínculo de confiança não é algo automático na relação consanguínea, pelo contrário, é preciso ser construído desde o nascimento da criança e pode ser determinante para que os jovens se sintam apoiados e menos isolados em seus momentos de dificuldade.

Por fim, afirmo que o aumento de suicídio entre jovens no Brasil é um problema de saúde pública e requer uma resposta conjunta e coordenada de toda a sociedade. Com políticas públicas que ampliem o acesso a serviços de saúde mental, campanhas de conscientização, educação socioemocional nas escolas e muito amor e diálogo, podemos mudar essa realidade e salvar as vidas de nossos jovens.

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