O aumento das apostas esportivas online entre crianças e adolescentes é um fenômeno preocupante, impulsionado principalmente pelo futebol em conjunto com o fácil acesso a celulares e redes sociais que os jovens têm hoje em dia.
Com o crescimento das chamadas bets, sua publicidade massiva e a normalização desse comportamento, os jovens acabam expostos a este ambiente que é perigoso para eles, pois a exposição precoce pode gerar diversos impactos negativos na saúde mental. Diante disso, é essencial que pais, educadores e instituições estejam engajados para prevenir esse problema.
Um dos principais riscos é como essas apostas são apresentadas: algo divertido e aparentemente inofensivo, principalmente por meio de influenciadores e celebridades do esporte. A falta de regulamentação adequada no Brasil também contribui para que crianças e adolescentes acessem essas plataformas de forma indiscriminada e o problema é agravado pela imaturidade emocional dos jovens, que são mais suscetíveis a comportamentos impulsivos e a promessas de recompensas rápidas.
Nas escolas, vejo que a conscientização sobre o problema tem começado a ganhar espaço, embora ainda de maneira limitada. Algumas instituições informam pais e alunos sobre os riscos das apostas e incluem esse tema em projetos de saúde mental. Contudo, é necessário que o debate seja ampliado com discussões sobre vício, controle de impulsos e a influência das redes sociais no comportamento dos jovens.
Além disso, é fundamental que as famílias estejam atentas ao comportamento de seus filhos e ao uso que fazem de celulares e redes sociais. Campanhas de conscientização são necessárias para educar os pais sobre os perigos das bets e incentivar um acompanhamento mais próximo das atividades online dos jovens.
É preciso que aliemos, por tanto, uma regulamentação rigorosa que proteja o público infantojuvenil à educação e discussões sobre o tema tanto dentro das escolas quanto em casa com a família.